curso de fim de tarde

Acabou mais um ano lectivo de curso de expressão dramática, acabou o meu segundo ano.

Há dois anos era muito nova e os restantes alunos era tudo muito mais velho e experiente.

Este ano senti-me diferente com este grupo... tem gente da minha idade e, para além disso, penso que ficámos muito ligados. Conseguimos criar um relacionamento como se estivéssemos estado todos os dias da semana juntos, conseguimos criar uma ligação, de certa forma, de amizade.

E eu adorei este ano: a peça, os exercícios, os momentos de convivência, a mensagem antes de entrar em palco, a relaxação, o espírito de equipa...tudo maravilhoso.

Senti-me feliz por ter participado este ano. Sinto-me mais completa.

Obrigada por tudo :)

cabeça de alfinete ?

...que agora é tudo menos um alfinete. Já é uma pessoa entre nós. Uma pessoa pequena, mas uma pessoa. Sorri, come, vê, chora, sente dor, sente tensão, sente amor. E nós, os de fora, assistimos a tudo isto. Um bebé que trouxe alegrias, sem duvida nenhuma, mas, talvez, também algumas reacções de choque (sentimentos que ficam cá dentro).

Tive uma boa reacção, pelo menos a que foi deitada cá para fora: senti-me feliz, senti-me mais completa, 'Tenho um irmão pequenino, que me vai chamar mana' .

No entanto, também me senti um pouco retraída, pois, tal como já tinha referido noutras 'cabeças de alfinete', sinto que estou mesmo a deixar de ser a 'menina do papá'.

O que me faz mais confusão é mesmo o facto de me 'esquecer' que tenho um irmão. Isto é, não me lembro de dizer 'Bora lá a casa vê-lo' ou 'pai, vou jantar com vocês para estar com o mano.' e tenho pena que isso aconteça, mas não controlo. E não tem nada a ver com a minha madrasta ou qualquer coisa que se pareça... eu gosto mesmo dela e adoro o meu mano, mas é natural, não consigo explicar. O maior problema de todos é que sei reconhecer isso, mas não tenho feito nada para mudá-lo .

Mas ele é meu mano, é especial, é do meu sangue, e quero manter contacto com ele... é o que me dizem 'vais-te derreter toda quando ele te começar a chamar "MANA" ' .

E vou, sei que sim :)

Meu alfinete.

Amor, vende-se amor

A peça escrita por Bruno Schiappa e representada pelo grupo de expressão dramática, vai estar em cena dias 16, 17 e 18 de Junho na Tenda do Chapitô às 22h.

Uma peça digna de se ver.

Apareçam :)

Sorriso de luta

Uma história para contar: João Tiago Pereira teve um acidente de carro, onde ele era o condutor e estava acompanhado pela namorada e por um amigo. Uma ambulância chocou contra a parte lateral direita do carro e foi empurrado para o semáforo.

Neste momentos a situação dos outros não me interessa muito escrever, porque também não sei ao certo como estão, mas interessa a situação do João, que é meu primo, de 22 anos.

Uma breve revisão do seu estado desde o acidente, que aconteceu há, aproximadamente, 2 meses: Teve em coma induzido, lesionou o lado esquerdo do cérebro, foi acordando do coma aos poucos, ouvia, mas não via nem falava nem comia pela própria boca, depois começou a mexer o lado direito, teve muita agitação e momentos de calma e sonolência extrema, começou a comer, começou a dizer algumas frases... agora está em casa. Foi um progresso incrível em tão pouco tempo.

Ao longo de todo este tempo tentei estar o máximo presente neste progresso, embora muitas vezes fosse impossível. Chorei muito, de alegria e tristeza, e muitas vezes pensei, e ainda penso: o que será da vida futura do meu primo?!, será que vai ficar assim, será que não volta a ser o que era..?! ...

Voltar a ser o que era nao volta totalmente, penso eu, mas está a melhorar a cada dia que passa. A cada dia que passa temos uma surpresa nova do João. Uma surpresa nova que vai dando sempre mais uma alegria a todos nós, amigos e família, que tanto sofremos com isto.

Só espero pelo dia em que ele vai sorrir como antes, quero estar presente nesse momento.

Para acompanharem a condição física e psicológica do João, desde o inicio até ao momento, leiam este blog que os amigos criaram para ele. Vale a pena:

http://jotipereira.bloguepessoal.com